Testemunho - Em defesa de Maria Santíssima

15/01/2012 02:32

Gostaria de partilhar com nossos irmãos e irmãs do JUEC - Igreja São João Batista do Brás, um testemunho de uma situação muito comum entre nós cristãos católicos de sermos alvo de acusações protestantes a respeito de nossa fé e doutrina católica. Nós católicos sabemos dos inúmeros ataques, ofensas, blasfêmias e heresias que são disparados pelo Maligno no contra Maria Santíssima e na tentativa frustrada de querer me provar que na comunidade católica Maria ocupa o lugar de Jesus e dizer que ela não pode interceder pelos vivos porque está morta, uma jovem protestante, cheia de zelo apostrofou-me a queima roupa durante um processo seletivo para uma empresa de cursos profissionalizantes. Estava lendo um livro do saudoso Pe. Léo Tarcísio, cujo título é Jovens Sarados, durante a leitura do mesmo, uma candidata que também concorria comigo no processo seletivo, perguntou que livro eu estava lendo, ao responder a sua pergunta, imediatamente surpreendida e ao mesmo tempo aturdida, ela me perguntou: “Você é católico?”“Sim”, respondi calmamente. Então, em seguida ela me falou: “Pois, eu sou evangélica e adoro somente a Jesus, eu não fico adorando essa mulher (aludindo a Nossa Senhora) que vocês oram, ela está morta!”. Eu retruquei perguntando: “Você já leu a Bíblia?”, ela respondeu: “Sim”. Então, continuei dizendo: “Você deve ter feito uma leitura enviesada da Bíblia, porque em várias passagens bíblicas afirma-se categoricamente que os justos que morreram estão cônscios na presença de Deus, em um estado de bem-aventurança celeste. Em 2Reis 2,11 Elias foi arrebatado em uma carruagem de fogo, do mesmo modo Henoque foi arrebatado ao Céu, Gênesis 5,24; Eclesiástico 44,16. Se isso ocorreu com eles, nada impede de acontecer ainda mais com Maria que foi mais especial que Elias e Henoque. Além disso, o Novo Testamento demonstra com veemência personagens bíblicas que também receberam a honra de gozar da bem-aventurança celeste, é o caso por exemplo de Lázaro na parábola do Rico Epulão descrita por Jesus no Evangelho de São Lucas 16,19-31, onde após a morte, ambos estão conscientes, Lázaro no Céu e o rico malvado no Inferno, outro exemplo é a entrada do bom ladrão no paraíso, conhecido pela Sagrada Tradição como São Dimas, ele foi o primeiro santo da Igreja, canonizado diretamente por Jesus com a promessa da bem-aventurança celeste: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso" (Lucas 23,39). Na Transfiguração do Monte Tabor, Elias e Moisés aparecem ao lado de Nosso Senhor, ora como alguém que esteja morto pode aparecer vivo ao lado de Nosso Senhor? (Lucas 9,28-30). Em Hebreus 12,22-24 fala da Igreja triunfante ou celestial que é a Jerusalém Celeste. As almas dos justos aperfeiçoados, estão no rol da Igreja celeste: “À universal assembléia (Tradução original do manuscrito grego kαθολικός eκκλησία, pronuncia-se katholikón ekklésia = Igreja Católica) eIgreja dos primogênitos arrolados nos Céus, e a Deus, Juiz de todos, aos espíritos dos justos aperfeiçoados”. Ou seja, as almas dos justos estão no Céu. Isto é um fato que não é necessário identificar neste texto, os espíritos dos justos aperfeiçoados que estão no Céu, basta ver que eles já estão lá (Hebreus 12,23). Em outro trecho do Novo Testamento, Jesus discutia com os Saduceus: "E, quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou? Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos" (Mateus 22, 31-33). Logo, Abraão, Isaac e Jacob estão vivos e não "mortos". Nada, segura e indiscutivelmente, há no Novo Testamento que contrarie com nitidez a verdade cabal de que, após a morte, os justos gozem de vida consciente e de bem-aventurança. Em Apocalipse 5,8 refere-se a intercessão dos santos em favor dos que estão sobre a Terra (versículos 9 e10), ainda em Apocalipse 8,3-5 indicam mais menções às orações dos santos de intercessão, João menciona a “oração de todos os santos” , sendo assim as orações dos santos da tribulação, na Terra, reforçadas pela intercessão de todos os santos no Céu (cf. Apocalipse 6,9-11). Uma promessa muito reconfortante Cristo faz em Apocalipse 3,21: “Ao vencedor, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono”. Assim, São Paulo desejava morrer para estar com Cristo, o que lhe pareceu melhor do que ficar na vida presente: "Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro... Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor" (Filipenses 1,21-23). Morrer é simplesmente o início de uma vida mais gloriosa com Cristo. Na Igreja Católica a Virgem Maria ocupa uma posição muito particular, mas não substitui o papel de Jesus Cristo na Salvação como o único Mediador de redenção. À isso se responde completando a citação no versículo 6 da primeira carta de São Paulo a Timóteo, capítulo 2, assim: “...o qual se entregou em redenção por todos”. Jesus Cristo é, sim, o único Mediador, mas de redenção. O que não exclui a mediação de intercessão dos Anjos e Santos, como acima ficou provado. Nós cremos na Comunhão dos Santos, é esta relação que garante a potência que torna nossa intercessão uns pelos outros eficaz, estejamos na Terra ou no Céu (cf. Colossenses 1,18; Gálatas 3,28; Romanos 7,4; 12,4-8; 1Coríntios 6,15; 10,16; 12,12.27; Efésios 4,11-12.16; 5,23; Hebreus 10,10; 12,22-24; Apocalipse 3,21; 5,8; 8,5). É de notar que os justos falecidos no além não estão mortos, mas conservam toda a lucidez de espírito para poderem ajudar-nos na procura do prêmio celeste, como é o caso de Maria, que foi elevada aos Céus e foi coroada como Rainha: “Apareceu no céu um grande sinal: Uma mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas” (Apocalipse 12,1). Surgiu no céu um grande sinal, se surge, é porque antes não estava lá, no Céu, esse sinal é uma mulher revestida de sol, simbolizando a luz que a cobriu de glória, glória essa que fez essa mulher ser assunta ao céu, surgir como um grande sinal, elevada ao estado de glória. Por sua vez, tendo a lua debaixo dos seus pés, essa luz, bem sabemos que, sempre as Escrituras Sagradas referem-se ao sol sendo a luz, e a lua sendo as trevas. As trevas não podem imperar onde está a mulher revestida de sol, porque a sua luz dissipa toda a escuridão. Por isto, é um grande sinal que surge no céu, é uma mulher humana, que tem em suas veias o mesmo Sangue redentor, que tem a mesma Carne pregada na cruz e que mesmo assim, não se iguala e nem é igualada a Deus, porque o seu lugar no plano da salvação é de intercessora gloriosa. “A mulher deu à luz um filho varão, que há de apascentar todas as nações com cetro de ferro. Mas o Filho lhe foi arrebatado para junto de Deus e seu trono” (Apocalipse 12,5). O Filhoda mulher é Jesus, o único que nasceu para governar as nações. Jesus Cristo foi em sua ascensão para junto de Deus. E sabemos que, no céu o trono de Rei pertence somente a um, Jesus Cristo. Sendo essa mulher, a Maria do Novo Testamento. Essa mulher só poderia ser mesmo coroada no céu, pois é a mãe do Rei. Por isto, chamamos a mãe de Nosso Senhor, de Nossa Senhora. E igualmente a IgrejaCatólica a coroa aqui na Terra, apesar de tantas ofensas sofridas pela Igreja Católica em relação à Maria, a Igreja Católica nunca calou a boca e provou que os dogmas de Nossa Senhora na Sagrada Tradição, no Magistério da Igreja e nas Sagradas Escrituras são verdades de fé, anulando toda e qualquer duvida sobre a nossa fé católica em Maria, a mãe de Jesus, assunta ao céu. “Cheio de raiva por causa damulher, o Dragão começou então a atacar o resto dos seus filhos, os que obedecem aos mandamentos de Deus e mantêm o testemunho de Jesus” (Apocalipse 12,17). Esse trecho não só confirma que Jesus Cristo é o filho dessa mulher descrita no livro da Revelação (Apocalipse) e que essa mulher é Maria Santíssima. Mas, além disso, confirma que os outros filhos da mãe de Deus, são todos nós. Todos aqueles que seguem a Jesus Cristo mantendo o seu testemunho e guardando os mandamentos de Deus, ou seja, todos os filhos de Deus são filhos de Maria Santíssima, mesmo que você protestante não queira ou não acredite, ela é a sua mãe e está no Céu intercedendo por você!” Enxergar Maria Santíssima como intercessora é um fato, a ela devemos todo o nosso respeito e admiração, seja aqui registrado o papel muito significativo que Jesus Cristo atribuiu a sua mãe quando a constitui mãe dos homens ao entregar-lhe o discípulo João como seu filho, conforme João 19,25-27. Eu, Erisveltte Gonçalves Barrôso, agradeço do fundo do coração a oportunidade de estar dando este testemunho. 

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Nós que agradecemos Erisveltte. Deus te abençõe ;)

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